Estão patentes na exposição cerca de 80 peças representativas dos vários momentos tecnológicos vivenciados. Desde a fotografia (a preto e branco e depois a cores), dos diaporamas sincronizados usando diapositivos (slides) e cassetes áudio (em fita magnética), do microensino, ou seja, aulas videogravadas em circuito fechado de televisão passando pelo vídeo até aos primeiros computadores e aplicações interativas.
"Por sua vez, o espaço expositivo na particularidade do seu aspeto semibruto desafiou os mecanismos sensoriais da perceção de uma forma particular, constituindo-se como determinante, para a estrutura da exposição. Uma exposição que nos remete para a realização de um percurso a efetuar entre peças e experiências. À descontextualização do espólio contrapõe-se o movimento das pessoas que, no presente, garantem que as marcas de um passado recente vejam neste momento a consagração de um tempo. Um tempo de pesquisa, um tempo de investimento tecnológico que espelha o posicionamento desta universidade e, em particular, o posicionamento do Instituto da Educação, na sua aposta no conhecimento, na partilha e no domínio das tecnologias."
Antecipando a exposição, foi criado pela artista bracarense Raquel Barros Pinto um conjunto de instalações no pátio sul do IE, intitulado "Ecos na Paisagem". "Um trabalho que exige a atenção de um olhar cuidado, um olhar que vá além do rato, do teclado, do monitor. Um olhar que se deixe percorrer pela materialidade de um cabo que ora encaixa numa incisão no solo, ora se perde na superfície preenchida a gravilha ou, ainda, que ganha visibilidade na extensa parede de vidro que preenche e aviva o átrio interior do Instituto da Educação."
Organização: Lia Oliveira com curadoria de Raquel Barros Pinto.